Alunos, pais e professores: as emoções vão à escola
As emoções permeiam a vida de todos, alunos, pais e professores, todos sentimos fortes emoções. Em um mundo tão mensurável, metrificado, calculável e concreto é difícil que tenhamos a habilidade de observar nossas próprias emoções. O impacto que as emoções geram no processo de aprendizagem é indiscutível, inicia na gestação e se estende ao resto da vida.
Um desenvolvimento integral e saudável utiliza a emoção como um item para o processo de aprendizagem, exclusivamente de 0 a 6 anos de idade, onde as regiões cerebrais se desenvolvem com afinco e estruturas tomam base para aprimorar habilidades no decorrer da vida. O desenvolvimento exibe uma carga genética e também é influenciado por interações, pelo meio externo em que o indivíduo vive.
O olhar sob esse ser humano, que é construído além de componentes genéticos, diz muito a respeito de seus comportamentos futuros, inclusive no seu processo de aprendizagem. Considerar as emoções é conseguir ter um olhar integral para cada sujeito, potencializando suas habilidades e reconhecendo suas limitações. Importantes estudiosos da neurociência apontam as emoções como fatores cruciais para um desenvolvimento saudável. Vamos falar mais sobre nossas emoções e como ela está presente em todos os contextos?
QUEM VÊ, IMITA
Os pais também têm emoções. Em um dia ruim no trabalho, em um caos no trânsito ou em meio a uma burocracia qualquer sentimos raiva, angústia e afins. E essas emoções nos acompanham até em casa, e naquele lugar existe uma criança de seis anos querendo brincar, um adolescente cheio de conflitos internos, tarefas da escola...enfim. Existem outras emoções. O que fazemos? Gritamos, ficamos extremamente calados. Ou seja, não damos vazão às nossas emoções. E nesse mesmo dia, na escola, o professor passou por um processo de divórcio, está estressado, irritado, triste. O que ele faz? Se altera, não ouve, não tem paciência...porque as emoções também vão à escola.
Esses casos são normais, dizem respeito a nossa existência. Mas o que isso tem a ver com todo a relação de alunos, pais, professores e emoções? Esses casos ilustram como não sabemos lidar com as nossas emoções, estas, que interferem em todos os processos da vida, incluindo, a aprendizagem.
A importância de falar sobre o que sentimentos sugere relações saudáveis entre alunos e pais; pais e professores; professores e alunos. Considerar cada ser humano como resultado de suas experiências, vivências e todo meio exterior traz para casa e para escola um senso de comprometimento, que é muito mais vantajoso que um mero envolvimento. A arte de educar, seja vinda de pais ou de professores, precisa ser baseada em uma interação emocional. Essa interação requer práticas educacionais afetuosas, que criem senso de pertença, segurança, tranquilidade. A disciplina não acontece sem afeto.
Fonte: Acervo wix
Expor as emoções é um sinônimo de respeito consigo e com o outro. Seguir os protocolos muitas vezes não permite que as emoções sejam consideradas, mas, quando iniciamos esse processo o ambiente muda positivamente, sendo negociável a inserção. Pais e professores irritados não conseguem ouvir atentamente seus filhos e alunos, consequentemente, estes sentem-se carentes de atenção, o que gera emoções negativas, comportamentos destrutivos e dificuldades no processo da aprendizagem. Fale de suas emoções em casa, fale de suas emoções na escola. Permita-se sentir!